Enquanto o boi contrário permanecia em silêncio, o Malhadinho destacou a importância da Festa do Divino Espírito Santo |
O som dos tambores ecoou no Bumbódromo Márcio Menacho, na madrugada deste domingo (17), em Guajará-Mirim. Apesar do atraso causado pela chuva, o Duelo da Fronteira apresentou um espetáculo repleto de coreografias, fantasias exuberantes e enredos que celebraram a cultura e as lendas amazônicas.
O Malhadinho iniciou a batalha com o enredo "Tekohá - este chão é nossa essência". O boi contou a lenda da "Mulher-Árvore", que faz a conexão entre a história de uma jovem e a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Para representar a personagem, uma alegoria gigante foi exibida na arena.
Enquanto o boi contrário permanecia em silêncio, o Malhadinho destacou a importância da Festa do Divino Espírito Santo, uma romaria católica aquática que percorre cidades de Rondônia e da Bolívia.
A agremiação também celebrou a força das mulheres, com ênfase na lenda das índias guerreiras da Amazônia, e homenageou a liderança de Tereza de Benguela, chefe do Quilombo do Quariterê, no Vale do Guaporé.
Povos originários dançaram em prol da preservação da floresta, enquanto pássaros gigantes levaram a cunhã-poranga para o Bumbódromo.
“Escolhi torcer pelo boi Malhadinho, que vai ganhar este ano”, afirmou Margareth Maloney, economista, de 63 anos, residente em Porto Velho. Ela participou do festival pela primeira vez.
Após a apresentação do Malhadinho, a programação fez uma pausa.