A velocidade vertical registrada pela Defesa Civil Municipal foi de 0,21 cm por hora
Porto Velho, RO - O afundamento do solo na mina 18 da Braskem, no bairro do Mutange, em Maceió (AL), passou de dois metros desde o início do monitoramento até as 16h desta quinta-feira (7).
Uma nota conjunta das coordenações municipal, estadual e nacional de Defesa Civil, publicada também nesta quinta, apontou que a área com risco de colapso tem diâmetro de 78 metros, três vezes o raio da mina 18 e similar ao comprimento de uma piscina olímpica e meia.
A velocidade vertical registrada pela Defesa Civil Municipal foi de 0,21 cm por hora, num total de 5,2 cm abaixo nas 24 horas anteriores ao boletim.
A região tem sido monitorada constantemente após um aviso de risco iminente de colapso em uma mina da Braskem em Maceió. O perigo obrigou a evacuação de um hospital e da população localizada na região sob risco, que abrange os bairros Mutange, Pinheiro, Bebedouro e parte do Bom Parto e do Farol.
Ao redor do ponto com maior risco de colapso, técnicos estabeleceram uma área de segurança que continua com a proibição do trânsito de pessoas.
Técnicos estimam dois resultados para os movimentos do solo na região. Um é o de depressão circular da mina 18. O outro, um autopreenchimento ou estabilização em uma camada mais rasa.
Segundo a nota, a diminuição da velocidade de afundamento verificada pelos técnicos indica tendência de constância, levando a um cenário de estabilidade no local.
RELEMBRE HISTÓRICO DO CASO
Os primeiros relatos sobre os danos no solo em Mutange surgiram em meio de tremores de terra no dia 3 de março de 2018. Na ocasião, o abalo fez ceder trechos de asfalto e causou rachaduras no piso e paredes de imóveis, atingindo cerca de 14,5 mil casas, apartamentos e estabelecimentos comerciais. Outros bairros, como Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto e Farol também foram atingidos.
Em 2019, o Serviço Geológico do Brasil, órgão ligado ao Ministério das Minas e Energia, concluiu que as atividades de mineração da Braskem em uma área de falha geológica causaram o problema.
Na época, a mineradora tinha em área urbana 35 poços de extração de sal-gema, material usado para produzir PVC e soda cáustica. Os poços estavam pressurizados e vedados, porém a instabilidade das crateras causou danos ao solo, que foram visíveis na superfície.
A exploração do minério começou em 1979 e se manteve até maio de 2019, quando foi suspensa pela Braskem um dia após a divulgação do laudo pelo Serviço Geológico.
Fonte: Notícias ao Minuto
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