A administração da Unir também afirma que conta com o “Comitê de Combate aos diversos tipos de assédios |
O Ministério Público Federal (MPF) teve acatada integralmente a recomendação enviada à Universidade Federal de Rondônia (Unir) contra a prática de trotes estudantis com caráter violento, humilhante, vexatório ou constrangedor aos novos alunos. Em resposta ao MPF, a universidade se comprometeu a implementar todas as iniciativas recomendadas pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão do MPF em Rondônia, Raphael Beviláqua. As medidas serão instituídas pela Unir nos campi de Porto Velho, Ariquemes, Cacoal, Guajará-Mirim, Ji-Paraná, Presidente Médici, Rolim de Moura e de Vilhena.
A própria Unir publicou nota oficial em seu site, na qual, além de afirmar que acata a recomendação do MPF na íntegra, reforça que ações de grupos específicos que promovem trotes violentos devem ser coibidas. A instituição de ensino também informou que disponibiliza canais via Ouvidoria Institucional (WhatsApp, e-mail e presencialmente, com agendamento prévio) e canal Sou Unir (WhatsApp e e-mail) para estudantes buscarem informações e orientações sobre como agir em caso de trotes violentos, assim como para encaminhar denúncias contra a prática desses atos.
Além disso, a Unir declarou que já existe dispositivo no seu regimento geral para tratar de procedimentos e eventuais punições a discentes que cometerem esse tipo de infração. A universidade salienta que, no caso de envolvimento de servidores, pode empregar o Código de Ética, aplicando-se conforme dispositivos, via Corregedoria ou Comissão de Ética.
A administração da Unir também afirma que conta com o “Comitê de Combate aos diversos tipos de assédios”, que pode acolher aqueles estudantes que se sentirem ameaçados ou assediados por outros alunos. A este comitê, informa a reitoria, será enviada a recomendação do MPF “para que junto às unidades competentes e departamentos, promovam ações de conscientização dos alunos veteranos e calouros sobre a prática violenta dos trotes universitários”.
Neste sentido, Beviláqua usa como exemplo a recente campanha realizada pela Universidade Santo Amaro (Unisa) contra a prática do trote violento, com mensagens veiculadas nas redes sociais da instituição e em suas instalações “ratificando a certeza dos efeitos gravosos e permanentes dessas condutas estúpidas e criminosas”. O procurador cita dois exemplos de frases utilizadas pela Unisa: “Até o melhor aluno da sala pode matar” e “Uma em cada cem mortes de estudantes universitários ocorre por suicídio”.
Medidas que a Unir pretende colocar em prática, segundo a resposta enviada ao MPF:
Canais para os estudantes da Unir buscarem acolhimento, orientação e informação sobre trotes:
0 Comentários