COLUNA RESENHA POLÍTICA- O senador Marcos Rogério (PL) pode ter os seus pecadilhos no exercício do mandato, mas em relação à questão da suspensão dos voos foi feliz ao apontar a omissão do Governo de Rondônia em relação ao problema

COLUNA RESENHA POLÍTICA- O senador Marcos Rogério (PL) pode ter os seus pecadilhos no exercício do mandato, mas em relação à questão da suspensão dos voos foi feliz ao apontar a omissão do Governo de Rondônia em relação ao problema

 RESENHA POLÍTICA - POR ROBSON OLIVEIRA 

 


AVIAÇÃO 

Na última coluna fomos direto ao ponto fulcral envolvendo a polêmica sobre a diminuição de voo na rota de Rondônia ao contraditar a “justificativa” de que o problema reside na judicialização, um vez que as empresas figuram como rés por alguma quebra de contrato obrigando os consumidores a recorrerem ao Judiciário para que seus direitos sejam respeitados. A empresa conseguiu inicialmente a estratégia de chamar a atenção da mídia com uma justificativa pífia. A rota é deficitária por diversos motivos, não apenas pelo serviço eventualmente negligente que presta.  

OMISSÃO 

O senador Marcos Rogério (PL) pode ter os seus pecadilhos no exercício do mandato, mas em relação à questão da suspensão dos voos foi feliz ao apontar a omissão do Governo de Rondônia em relação ao problema. Cabe sim ao governador chamar para si a responsabilidade e procurar as empresas de aviação para buscarem em conjunto uma solução e, caso necessite, conceder incentivos fiscais na composição dos preços dos combustíveis praticados em Rondônia. 

BODE 

A mediação governamental é a saída mais sensata para solução do problema. O que não é sensato é transferir as responsabilidades objetivas das empresas para os consumidores que, não raro, são sempre a parte mais frágil dessa relação. A tática de tirar o “bode da sala”, como fazem as empresas, não é o melhor caminho. O senador Marcos Rogério está correto ao cobrar do governador Marcos Rocha para que saia da toca e tome uma atitude de liderança cobrando das aéreas respeito aos seus passageiros rondonienses, uma vez que ninguém vai abrir de seu direito de litigar para ceder às pressões das companhias aéreas. 

PREPARAÇÃO 

Os partidos começam a arregimentar filiados para as eleições municipais do próximo ano. O PSD, por exemplo, é o mais adiantado na preparação das nominatas a vereador e na filiação de lideranças. O partido aguarda anunciar em meados de março grandes filiações, inclusive de deputado federais e estaduais, quando está programada a abertura de uma nova “janela” de mudança partidária sem que haja a perda do mandato.  

FENIX 

Mesmo com derrotas consecutivas nas recentes disputas eleitorais, Expedito Junior, mandatário de fato do Diretório Regional do PSD, mantém-se ainda como uma referência política e tem estruturado o partido com a possibilidade de conseguir êxito em vários municípios. Experiente no bastidores e hábil negociador, o pessedebista tem percorrido o estado semanalmente filiando novas lideranças. Junior pode não ser mais competitivo nas urnas como no passado, mas nos bastidores é imbatível.   

EXPOARI 

Embora seja uma associação de cunho privado, a Associação dos Pecuaristas de Ariquemes (APA), em postagem nas redes sociais, anunciou como atração para a próxima quinta-feira, na arena dos shows, a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro, minutos antes da apresentação do cantor Gustavo Lima. A aparição deverá ser ao vivo por videochamada e tem mexido com os bolsonaristas ariquemenses que são maioria entre os eleitores, ainda.  

VEDAÇÃO 

A coluna não conseguiu confirmar se na festa agropecuária de Ariquemes há recursos públicos a título de algum apoio publicitário. Na hipótese de afirmativo é bem possível que a veiculação do evento com a promoção política seja vedada por lei. Isto significa que a Associação Pecuarista daquele município pode estar passível de responsabilização jurídica em razão da fala de Bolsonaro.  

DIFERENÇA 

Na festa de Ribeirão Preto o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve presencialmente ao evento paulista, o que não é ilegal e perfeitamente normal a presença de políticos a eventos nesta natureza. Bem diferente de uma participação por vídeo numa arena lotada de pessoas que pagam para ver o cantor mais festejado da música sertaneja brasileira. E essa diferença se confunde com um evento partidário.  

CALOR 

Para quem ainda se mantém incrédulo com os problemas climáticos e os fenômenos que tem refletido no aumento dos termômetros, as previsões para os próximos anos são catastróficas caso os governos não intervenham o mais rápido possível. O aquecimento da superfície dos oceanos, com o fenômeno “El Niño”, terá impactos diretos na safra da soja brasileira, inclusive em Rondônia.  

IMPACTOS 

O calor deste ano é um indicativo de que o aquecimento global é um problema governamental para as próximas safras. A incredulidade sobre os problemas climáticos não ajuda e a inércia ao combate das ações predatórias ambientais serão fatores que impactarão em nossa economia a médio prazo. É preciso que as Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente se antecipem com ações concretas para evitar que nossos biomas continuem sendo alvo dos crimes ambientais. No leito do Rio Madeira, por exemplo, o garimpo ilegal ainda insiste na mesma prática da exploração predatória sem que os órgãos de controle atuem firme no combate aos crimes.  

VIOLÊNCIA 

A capital rondoniense aparece entre as cidades mais violentas no país, com destaque na violência à Mulher. Um estudo realizado pelo Senado Federal, em parceria com o Observatório das Mulheres, revelou um aumento no número de violência com as mulheres. O ambiente no qual ocorrem as agressões, na maior parte das vezes, é o domicílio onde a vítima reside e entre as principais formas de agressão relatadas estão a psicológica, moral e sexual. Em Rondônia o feminicídio e os abusos contra as mulheres nos envergonham pela forma de “normalização” como a sociedade tem assistido esse aumento.  

VIATURA 

Para se ter uma ideia de como a Segurança Pública estadual está em frangalhos, apenas uma única viatura estava disponível para o atendimento de todos os casos registrados na noite do último sábado. Isso mesmo, uma viatura para atender os chamados de acidentes de trânsito e casos de eventuais violência. A coluna apurou que falta viatura, combustível, equipamentos, entre outras, para que os chamados (são inúmeros, especialmente finais de semana) sejam atendidos. A maioria são casos de urgência e os policiais escolhem entre eles o mais complexo a ser atendido, em um estado governado por um coronel.  


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