COLUNA RESENHA PORLÍTICA- Falando em Junior Gonçalves (chefe da Casa Civil), correu de boca em boca que as relações entre ele e o irmão, Sérgio Gonçalves (vice-governador), andam estremecidas

COLUNA RESENHA PORLÍTICA- Falando em Junior Gonçalves (chefe da Casa Civil), correu de boca em boca que as relações entre ele e o irmão, Sérgio Gonçalves (vice-governador), andam estremecidas

 RESENHA POLÍTICA-POR ROBSON OLIVEIRA 

 


AGRO 

É para comemorar o volume de negócios que foram fechados na Rondônia Rural Show, em Ji-Paraná. O governador Marcos Rocha e os auxiliares destacaram o resultado exitoso que esta feira do agronegócio tem propiciado para a região Norte, em especial à economia de Rondônia. O chefe da Casa Civil, Junior Gonçalves, fiel escudeiro de Marcos Rocha e principal cérebro do governo na última campanha, lembrou que o governador colocou a Rondônia Rural em um patamar de destaque entre as feiras agrícolas do país.  

RELAÇÕES 

Falando em Junior Gonçalves (chefe da Casa Civil), correu de boca em boca que as relações entre ele e o irmão, Sérgio Gonçalves (vice-governador), andam estremecidas desde o segundo turno das eleições passadas. Em suas falas no evento, o vice governador ignorou o irmão e tentou protagonizar junto aos prefeitos, deputados estaduais e empresários uma liderança que nunca ostentou. Mas, o que se percebe, Junior Gonçalves é o reconhecido por estes segmentos como o líder da família. No evento, um evitou o outro.  

MANOBRA 

Auxiliares do governo revelaram à coluna que Sérgio Gonçalves tentou, sem sucesso, transformar o gabinete da vice-governadoria instalada na Rondônia Rural no principal espaço político com agendamento de lideranças políticas do estado antecipadamente, mas a manobra não colou. O mundo político e empresarial presente ao evento preferiu contato direto com o governador Marcos Rocha e com Junior Gonçalves, chefe da Casa Civil. Os gabinetes de ambos, estavam congestionados.  

HABILIDOSO 

Não é segredo nem para os bagres do madeira que Sérgio Gonçalves ascendeu ao posto de vice-governador na chapa de Marcos Rocha por interveniência de Junior que, aliás, recebeu várias críticas de deputados estaduais aspirantes à vaga. E também coube a Junior toda a articulação política que construiu uma forte coligação de partidos que culminou com a reeleição do governador. A inesperada adesão do prefeito da capital Hildon Chaves, por exemplo, ocorreu em razão exatamente da habilidade política do rapaz.  

ROMPIMENTO 

Uma fonte próxima aos irmãos disse que a causa do rompimento está relacionada à inexperiência do Sérgio que, durante a campanha eleitoral, acusou Junior de trabalhar nos bastidores pela derrota da chapa. Uma acusação, para quem acompanhou par e passo a disputa, infundada. É impensável alguém que pede licença de uma cargo importante no governo para se dedicar de corpo e alma à campanha possa trair os parceiros sem um motivo aparente ou algo que justificasse uma traição desta monta. Ainda mais numa eleição em que se esmerou para vencer. Junior Gonçalves não é santo e possui erros que em colunas pretéritas foram expostos, mas está longe de ser demonizado como um traidor.  

ARENGA 

É possível que o entrevero entre os Gonçalves seja apenas uma arenga passageira entre irmãos, mas Sérgio pode estar cometendo o maior equívoco na vida se continuar alimentando e prolongando este aranzel porque quem é reconhecido nos meios políticos como líder é exatamente Junior. Mesmo com a possibilidade de virar titular do governo um ano antes, sem alguém com a habilidade de um bom articulador, o vice-governador não tem futuro. Aliás, a arenga pode lhe custar um novo mandato caso sejam verdadeiros os murmurinhos de que esteja empenhado em alvejar politicamente Junior do Governo. A coluna teve acesso a um diálogo que indica nesta direção. 

BANCADA 

É preocupante para os interesses de Rondônia o comportamento beligerante da maioria dos membros da nossa bancada na Câmara Federal, exceto Lúcio Mosquini (MDB) que conseguiu uma vaga na mesa diretora. Os demais deputados federais insistem em prolongar a mesma ladainha da campanha com pautas ideológicas sobre costumes, religião, entre outras bobagens.  

BELIGERÂNCIA  

Enquanto isso pessoas perdem a vida numa BR 364, construída quarenta anos atrás, sem que seus representantes façam gestões concretas (não é discurso) para uma solução, haja vista que se tornou uma das principais vias de escoamento da produção de grãos do oeste brasileiro para mercados estrangeiros. Além, é claro, de recursos para obras estruturantes. Com a postura beligerante, esta bancada não vai a lugar nenhum. Mosquini, que não é otário, ignora a bazófia ideológica e trabalha nos bastidores de forma mais efetiva e cooperativa sem se comprometer publicamente com o governo.  

PESCADO 

Uma pesquisa da lavra da Fiocruz sobre o nível alto de contaminação do pescado nos estados amazônicos pelo mercúrio, divulgada nesta terça (30), pode ter reflexos na economia de Rondônia. O nosso estado é um grande produtor de peixes e envia para vários mercados da região uma quantidade considerável da proteína, contribuindo com força na balança comercial do estado.  

MERCÚRIO 

O uso do mercúrio na extração aurífera sempre foi um dos motivos concretos para o combate ao garimpo ilegal no leito dos nossos rios, embora a prática seja nociva aos nossos mananciais tem a cumplicidade das nossas autoridades nas casas políticas. O resultado da pesquisa comprova que o garimpo é predatório e altamente prejudicial a nossa economia. Não percebe quem se finge de cego.  

OBRA 

O que garante (m) as garantias? Esta é uma obra lançada recentemente pelo professor doutor da Universidade Federal de Rondônia, Diego Paiva Vasconcelos, que trata sobre matérias importantes do constitucionalismo brasileiro. No prefácio, da lavra do ministro Reynald Fonseca, do STJ, o leitor é brindado com o refinamento intelectual da apresentação. Não bastasse as loas ali descritas pelo ministro, o epílogo, servido como cardápio de uma boa leitura, escrito pelo renomado professor italiano Rafaelle De Giorgi, obriga o leitor a continuar lendo sem parar. É uma leitura para os especialistas em matéria constitucional, mas também indicado aos alunos, estudiosos e aprendizes do constitucionalismo. Diego Vasconcelos é um daqueles professores acima da média que construiu uma obra irretocável.  


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