A I Mostra Beradeira levou ao Núcleo Silva Lopes obras produzidas pela Casa do Rio Filmes, empresa cultural rondoniense
A comunidade que vive na RESESX do Lago do Cuniã pôde assistir a uma série de curtas-metragens, em uma sessão ao ar livre, na noite da última quarta (07). A iniciativa é uma parceria entre a Casa do Rio Filmes e a Secretaria Municipal de Indústria, Comércio Turismo e Trabalho SEMDESTUR, com apoio do SESC Rondônia, ICMBIO e Associação dos Moradores do Lago do Cuniã.
A I Mostra Beradeira levou ao Núcleo Silva Lopes obras produzidas pela Casa do Rio Filmes, empresa cultural rondoniense. Os filmes apresentam a realidade de quem vive às margens dos rios de Porto Velho.
A animação “Nazaré: do verde ao barro” abriu a mostra e contou a história de uma família que embarca em busca de uma nova vida e como constroem relações de afeto, respeito e amor com a Amazônia.
Na sequência o curta “Você acredita?”, gravado no Núcleo Pupunhas, na RESEX do Lago do Cuniã, trouxe a história do Seu Joca, um dos mais antigos moradores da RESEX e que contou o dia que encontrou o boto, em forma de homem, dentro de casa.
Parte gravado no Cuniã, o documentário “Águas Que Me Tocam” apresentou a relação de ribeirinhos, estudiosos, religiosos e trabalhadores com as águas amazônicas.
O último trabalho audiovisual apresentado foi o episódio do programa Rolê, sobre o Cuniã, uma coprodução entre Casa do Rio Filmes e a SIC TV.
Para Juraci Júnior, diretor das obras apresentadas, levar os filmes até a comunidade é importante e respeitoso. “Para contar boas histórias é preciso que as pessoas confiem em mim e eu prezo pelo respeito à trajetória de cada um. Para mim é uma alegria poder ver os olhos deles brilhando quando se veem na tela. É emocionante”.
Seu Jorge Lopes, morador do Núcleo Silva Lopes e personagem do documentário “Águas que me tocam” enfatiza a importância desta iniciativa para a comunidade. “Muitas vezes as pessoas vem aqui gravar, mas falta um pouco de acesso da comunidade assistir o que é feito aqui dentro. E as vezes a gente mesmo aqui dentro não valoriza o que nós temos. Daí vemos esses documentários, que ajudam até a gente dar mais valor na preservação da nossa terra”, finaliza.
Tatiana Sadeck, Diretora de Fomento ao Turismo da SEMDESTUR conta sobre a identificação da comunidade com este tipo de ação. “A comunidade se reconheceu dentro do que foi apresentado. Os filmes estimulam a autoestima e o fortalecimento da manutenção das suas raízes”, finaliza.
A sessão dos filmes fechou a programação de atividades realizadas nos últimos dias no Cuniã, como roda de conversa sobre a identidade ribeirinha e vivências culturais em todos os núcleos da RESEX, em busca de elementos próprios que fortaleçam o turismo de base comunitária.
Fonte:Assessoria
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