Candidato critica pagar mais de R$ 3 milhões por mês, durante 30 anos, em troca da construção por empresa
Em entrevistas e pronunciamentos, o candidato a governador Ivo Cassol (PP) tem se posicionado contra o projeto do atual Governo, de construir um hospital e pronto-socorro em Porto Velho, o novo Heuro, através de uma empresa que vai receber mais de R$ 3 milhões por mês, ao longo de 30 anos, somando mais de R$ 2 bilhões de gasto total.
"São mais de R$ 3 milhões por mês que o rondoniense vai pagar pela obra apenas. Não consigo entender a decisão de fazer isso. É absurdo, caso de polícia e sendo eleito governador, vou acabar com isso e fazer a obra do novo Heuro, aproveitando esse investimento de R$ 50 milhões do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e também com a parceria da bancada federal e da União. Não podemos pagar mais de R$ 2 bilhões em um hospital, em 30 anos. Não abro mão disso e vou lutar contra essa sangria do dinheiro público", declarou Cassol.
Segundo o candidato, "com a emenda impositiva tem a destinação obrigatória para a saúde. Vai passar de R$ 500 milhões por ano as emendas da bancada federal. R$ 10 milhões de cada membro da bancada federal em emendas para a saúde, ao ano, seria recurso suficiente para fazer a obra, sem precisar criar essa dívida bilionária".
R$ 50 milhões do TCE
Em 2019, o então presidente do TCE, conselheiro Edilson de Sousa, anunciou a destinação de R$ 50 milhões em recursos da Corte de Contas, para iniciar as obras do novo Heuro na capital. Mas, o Governo decidiu contratar uma empresa e construir no sistema BTS (Build to Suit), com o Estado pagando um aluguel mensal de mais de R$ 3 milhões ao mês, ao longo de 30 anos.