O Ministério da Educação (MEC) apresentou nesta quarta-feira (14) o cronograma de implementação do Novo Ensino Médio, que prevê a ampliação da carga horária e a flexibilização do currículo. O documento também foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).
O formato será adotado gradualmente, a partir do ano que vem, e representará mudanças também no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A partir de 2024, a prova será elaborada já com base nas novas diretrizes implementadas.
COMO É HOJE
Hoje, as provas do Enem são baseadas nas quatro áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza. Com a reforma, os itinerários formativos, que são áreas específicas de interesse do aluno, deverão constar também no Enem. Ou seja: em vez de uma prova igual para todos, uma parte do exame será de acordo com o componente curricular escolhido por aquele estudante.
Nas escolas, a mudança começará em 2022, pelas turmas de primeiro ano. Em 2023, será abrangido o segundo ano do Ensino Médio. Em 2024, o terceiro ano, por fim, também será atendido já no novo formato.
Em nível nacional, haverá a ampliação de 200 horas/aula no tempo mínimo de atividades em cada ano letivo, passando de 800 para mil horas anuais em sala de aula.
O currículo também será mais flexível, abrindo a possibilidade de o estudante escolher entre algumas áreas de conhecimento e formação técnica e profissional, para além das disciplinas básicas obrigatórias atualmente oferecidas.
Apesar de estimulada pelo MEC, a implementação do ensino em tempo integral não será pré-requisito para a viabilização do Novo Ensino Médio.
Durante a cerimônia de lançamento do Novo Ensino Médio, o secretário de Educação Básica do MEC, Mauro Rabelo, destacou que a mudança na estrutura curricular contempla aprendizagens que promovem o aprofundamento dos conhecimentos para inserir os jovens no mundo do trabalho.
— A virada de chave para ocorrer o Novo Ensino Médio será em 2022. Temos ofertado apoio financeiro a todas as Secretarias de Educação para implementar as mudanças, com recursos em um valor de R$ 2 mil por aluno ao ano e cursos de formação continuada para os profissionais de educação — cita o secretário, que ainda anunciou que o MEC oferecerá kits estúdios, para fomentar o ensino híbrido nas instituições.
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