COLUNA RESENHA POLÍTICA- Apoio de Hildon a Marcos Rocha; rompimento do prefeito com Expedito Júnior e o "Rasputin" da família Chaves

COLUNA RESENHA POLÍTICA- Apoio de Hildon a Marcos Rocha; rompimento do prefeito com Expedito Júnior e o "Rasputin" da família Chaves

 RESENHA POLÍTICA- POR ROBSON OLIVEIRA 

 


APOIO 

Não foi uma surpresa nos meios políticos o anúncio do apoio do prefeito da capital Hildon Chaves (PSDB) à candidatura de reeleição do governador Marcos Rocha (Muda Brasil). Há vários dias que o prefeito havia informado aos seus principais aliados, incluído aí Expedito Junior (PSD), que iria reunir a imprensa para fazer o anúncio antes da viagem de férias para USA. O apoio foi uma decisão pessoal do prefeito que contou com a interlocução do advogado Bruno Valverde junto ao chefe da Casa Civil, Junior Gonçalves.  

 

RASPUTIN 

O advogado Bruno Valverde é hoje a figura com mais ascendência ao prefeito e a conseguiu pela experiência política que acumulou na sua cidade natal Maringá, quando atuou junto ao prefeito daquele município como dirigente de uma organização social (OS), fatos para assunto de outra coluna. Nos bastidores políticos, o apelido do advogado é Rasputin – que foi uma espécie de figura mítica com uma enorme influência política sobre a família do Czar Nicolau II, da Rússia.  

AVISADO 

Embora avisado dois dias antes, o ex-senador Expedito Junior tentou em vão dissuadir o prefeito do anúncio. Alegou que o momento era inapropriado em razão das conversas que os aliados entabulavam visando superar os problemas que os partidos vêm enfrentando para as nominatas sem as coligações. 

ROMPIMENTO

A relação entre Hildon Chaves e Expedito Junior ficou arranhada após a união do prefeito com o governador. Junior tem afirmado nos bastidores que o amigo errou, mas não fala em rompimento. Mesmo tendo sido descartado pelos articuladores governamentais da aliança. O ex-senador não esconde também antipatia ao governante. 

RELEVÂNCIA 

Hildon Chaves deu de ombros às argumentações do aliado Expedito Junior (ou ex) e anunciou o apoio a Marcos Rocha sem se preocupar com as movimentações que se seguiriam após a decisão. O ato do prefeito em si é uma vitória relevante do governador Marcos Rocha sobre os eventuais adversários nesta pré-campanha. Nenhum tucano mais graduado seguiu imediatamente Hildon Chaves na adesão, mas dizem que as conversas em relação á família Carvalho estão avançadas.  

WC 

Após o evento festivo que contou com afagos e rasgação de seda entre Hildon Chaves e Marcos Rocha, houve quem foi às redes sociais alegar que a união em si era suficiente para que decretassem um golpe fatal às oposições. Como se as eleições que sequer começaram para valer fossem resolvidas através de negociatas entre os denominados “capas pretas”, sem a participação popular. Ledo engano. Quem tem pressa come cru, pois vai ter disputa e a adesão antecipada do prefeito da capital anunciando embarcar no “Titanic” governamental ajudou as oposições a acelerarem as conversas. Não há eleição WC, cada uma com suas especificidades, além das surpresas... 

CONTA 

Apesar da relevância de contar com um prefeito no momento bem avaliado, não significa que os votos obtidos por Hildon Chaves nas últimas eleições de Porto Velho sejam incondicionalmente computados nas eleições deste ano para Marcos Rocha. Não é bem assim essa conta. E quem utiliza este cálculo para cantar vitória antecipada tem que mudar de ramo. 

PATULEIA 

Mesmo Hildon deixando a condição de pré-candidato a governador para se tornar um cabo eleitoral graduado, não significa que quem votou em 2021 nele votará em 2022 em quem ele (Hildon) apoiar. O eleitor da capital já reprovou num passado próximo a junção entre adversários políticos a exemplo da adesão do ex-prefeito Chiquilito Erse à reeleição de de governo de Valdir Raupp. Apesar de gozar na época de uma excelente reputação junto ao eleitor de Porto Velho, o apoio de Chico ao ex-governador não foi suficiente para diminuir a rejeição de Valdir Raupp e a capital votou em massa em José Bianco. Um exemplo clássico de que nem sempre a junção entre adversários pelo poder seja assimilada pela patuleia.  

DESGRAÇA 

Outro político que rompeu com o grupo e virou a casaca foi o ex-prefeito Carlinhos Camurça, também de Porto Velho. Camurça sempre esteve em lado oposto ao peemedebista Valdir Raupp e nem por isto deixou de aderir também à campanha de reeleição de Raupp – aliás, compôs a chapa na condição de vice-governador. De lá para cá, Camurça nunca mais venceu as campanhas que disputou. Caiu em desgraça com seu eleitorado e perambula nos meios políticos feito um morto vivo, embora seja um sujeito cordato e afetuoso no trato com as pessoas.  

NOMES 

Com a campanha do governador nas ruas, o mês de março será determinante para que os demaIs prováveis candidatos a governador decidam o que fazer, uma vez que abriu-se o prazo para que os parlamentares mudem de partido nos próximos trinta dias. No momento a preocupação comum é filiar pessoas com densidade política para tornar o partido viável a alcançar o quociente eleitoral. Hoje quase todos estão com problemas pela escassez de nomes com apelo eleitoral. As nominatas para deputados federais são as mais complicadas: seja por falta nomes viáveis, seja por excesso de vaidades.  

ALTERNATIVAS 

Mesmo com a comemoração carnavalesca dos governistas pela união com o alcaide portovelhense, existem boas alternativas para o Governo de Rondônia, a exemplo do deputado federal Léo Moraes (Podemos), do professor Vinicius Miguel (Cidadania), do ex-prefeito de Ji-Paraná Jesualdo Pires, entre outros. 

CARNAVAL 

Ninguém que esteja fora do bloco do atual governo vai ficar parado assistindo esta banda passar com uma multidão de fantasiados de ‘capa preta’ marcando o passo e passando a perna em quem está fora. Como diria Magalhães Pinto: “Política é como nuvem, você olha ela está de um jeito. Olha de novo e já mudou”. Ademais, os céus não são de brigadeiro, especialmente em momento de beligerância entre os povos.  

MINISTRO

Uma fonte da coluna confirmou que o senador rondoniense Marcos Rogério (PL) deverá ser anunciado ministro do governo do presidente Jair Bolsonaro, o senador desconversa quando instado a falar sobre o assunto para evitar ser queimado antes do anúncio. Sua desistência em disputar o Governo de Rondônia deixou os aliados sem rumo. Agora, cada um por si. A coluna meses atrás havia antecipado que Rogério era contado para um ministério e que aceitaria caso convidado. Bobo foi quem insistiu em seguir os passos do senador na esperança que fosse governador. 

CFM 

O médico rondoniense Hiram Gallo assume no dia 1º de abril a presidência do Conselho Federal de Medicina. É um cargo altamente relevante, em particular para quem vem de um estado menor. Assim como ele, Manoel Carlos, também rondoniense, presidiu por duas vezes o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), e tem chances enormes de presidir mais uma vez daqui a dois anos.  

GUERRA 

É inaceitável sob qualquer pretexto político o massacre a um povo por outro. A guerra é uma invenção da ambição humana que não se contenta com o que possui, além de uma aberração civilizatória. Não há diferença entre as atrocidades praticadas contra os ucranianos com as  contra os povos árabes. Aniquilar o semelhante é uma iniquidade. Seja, Russa, seja Americana.  


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