Uma das mais belas unidades de conservação de Porto Velho, a Reserva Extrativista (Resex) Lago Cuniã tem grande potencial para se converter em um polo de turismo de base comunitária. A Prefeitura de Porto Velho já iniciou os estudos para a implantação do modelo.
O local recebeu recentemente a visita de técnicos da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio, Turismo e Trabalho (Semdestur) e de integrantes do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da Federação do Comércio de Bens e Serviços (Fecomércio).
Desenvolver o turismo no Lago Cuniã faz parte do trabalho previsto no Plano de Desenvolvimento Sustentável do Turismo de Base Comunitária da localidade, um documento elaborado em parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Rondoniense de Turismo e a Associação dos Moradores, Extrativistas e Produtores Rurais da Reserva Extrativista do Lago do Cuniã (ASMOCUN).
O projeto foi financiado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema), por meio de conversão de multa. O plano e todo o processo de desenvolvimento do documento ocorreu de forma participativa, com inúmeras reuniões e oficinas, alinhado com os objetivos da unidade de conservação.
Com base neste documento, a Semdestur lançará, em breve, o plano de ação para a localidade, que busca fomentar o turismo de base comunitária nas comunidades locais, de maneira responsável, de modo a atenuar possíveis impactos.
“Eles já fazem muito bem isso aqui. A Instituição só vai oferecer braços, dar força para que esse turismo possa ser desenvolvido ainda mais. O Lago do Cuniã é uma beleza indescritível”, afirma Glayce Bezerra, secretária da Semdestur.
ABORDAGEM DIFERENCIADA
A Semdestur acompanhou cada etapa da visita técnica à comunidade do Cuniã. O local tem grande potencial para inovação. As novas práticas devem residir numa abordagem diferenciada, destacando as vivências e, sobretudo, a inserção do turista em comunidades locais, proporcionando uma experiência singular.
Esse modelo de turismo busca dar protagonismo à comunidade e oferecer atividades aos visitantes na área de artesanato, culinária local e atividades profissionais que movimentam a economia da região.
“O turismo de base comunitária é contar e proporcionar histórias. O artesão, os artistas, os contadores de história são remunerados pelo que fazem. Muitas vezes, no turismo tradicional, vemos a comunidade como coadjuvante, passando despercebida. O objetivo é que isso seja ao contrário e que a comunidade possa ser o carro-chefe”, finaliza a secretária.