COLUNA RESENHA POLÍTICA- O senador rondoniense Marcos Rogério tem se notabilizado no Congresso mais como porta voz dos interesses do Presidente da República do que dos interesses rondonienses

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COLUNA RESENHA POLÍTICA- O senador rondoniense Marcos Rogério tem se notabilizado no Congresso mais como porta voz dos interesses do Presidente da República do que dos interesses rondonienses

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 RESENHA POLÍTICA - POR ROBSON OLIVEIRA 



 

ZERO SEIS 

O senador rondoniense Marcos Rogério tem se notabilizado no Congresso mais como  porta voz dos interesses do Presidente da República do que dos interesses rondonienses. A duplicação da BR 364, por exemplo, que tem ceifado vidas diariamente, nunca foi um prioridade do senador para não pressionar o governo do presidente que ele venera. Quem ousa criticar o governo, imediatamente aparece o senador Marcos Rogério para atacá-lo. Razão pela qual é conhecido em Brasília como o zero seis. 

MENTIRA 

Até para quem usa das prerrogativas constitucionais para corrigir aqueles que estão supostamente fora da lei, Marcos Rogério reage com veemência em tom quase de insulto, como na decisão da ministra Rosa Weber que concedeu liminar suspendendo o pagamento de emendas parlamentares denominadas secretas. Mente também quando alega que a esquerda tenta criminalizar a política ao cobrar transparência na liberação destas emendas.  

PERGUNTA 

Ao criticar a decisão da ministra Rosa Weber, do STF, Marcos Rogério reagiu perguntando: “O que está por trás da decisão da ministra Rosa Weber de conceder liminar ao PSOL para interromper o pagamento de emendas parlamentares?” E ele mesmo responde avexado: “ A verdade é que a esquerda quer criminalizar um processo político legítimo, numa clara tentativa de boicotar o Governo e o Brasil", cutucou.  

CANDIDATO 

Embora tenha tomado uma rasteira do governador Marcos Rocha pelo domínio do novo partido União Brasil – uma junção entre o PSL e o DEM -, Marcos Rogério está avaliando o cenário para ingressar numa legenda já que mira na cadeira do “colega” (Marcos Rocha) igualmente bolsonarista.  Caso  Bolsonaro ingresse mesmo no PL, como anunciado, o caminho do senador pode ser o mesmo.  

FACE A FACE 

Marcos Rogério e Marcos Rocha, na hipótese de disputarem o governo, vão às eleições com discursos similares já que são as duas faces da mesmo moeda bolsonarista. O Rocha terá como vantagem defender o legado (caso exista) do seu governo e, o segundo Marcos, o mesmo lenga ideológico que o primeiro defende desde as eleições passadas. Então qual motivo o eleitor terá para votar num ou no outro? Votar nos dois é impossível porque não há como dividir o sufrágio. Não me surpreenderia que nesta arrelia para quem seja a face mais bolsonarista, ambos fiquem fora do segundo turno com a cara de bobos. Uma coisa é certa: não há espaço hoje para dois candidatos do mesmo espectro no segundo round. Não vê quem não quer.  

SONSO  

Confúcio Moura, tarimbado e astuto em ganhar eleição, assiste de longe a briga entre os siameses bolsonaristas e sonha para que um cavalo passe encilhado no seu terreiro para montá-lo e voltar ao governo. O velhinho sempre se faz de morto e sabe como um pugilista com habilidade mortal levar às cordas os adversários. De sonso não tem nada.  

SUBESTIMAR  

A bem da verdade, o MDB não possui mais a musculatura que ostentava nas duas eleições em que o Confúcio venceu. É um partido velho, com todos os defeitos dos demais e nenhum charme dos novos tempos. As raposas que antes devoravam o galinheiro estão cansadas e nem conseguem subir ao poleiro para devorar as presas. Nem por isto deve-se subestimar o velhinho de fala mansa e gestos fidalgos. Confúcio é astuto, vivo e cruel quando mira no adversário. Pronto está para voltar ao cargo  que gosta e com a ajuda material nada desprezível da ‘$uplente’ empossada temporariamente em sua vaga. Embora seja mestre em procrastinar as decisões feito sonso. Nestas eleições, não será diferente.  

VONTADE 

Já Hildon Chaves (PSDB), prefeito da capital, a exemplo de Confúcio Moura, não esconde a vontade de sair candidato a governador. O problema é que no grupo que faz parte Marcos Rogério é o preferido. Mas conhecendo as entranhas dos membros do grupo a troca de um pelo outro, dependendo das pesquisas antes das convenções, não é nada improvável. Hildon e Marcos Rogério não são donatários de uma legenda para impor suas vontades o que atrapalha os planos solo. Marcos não anunciou qual partido ingressará e Hildon, a qualquer momento, anuncia ida ao PSD.  

DEFINHANDO 

O PSDB está na eminência de virar uma legenda familiar uma vez que a maioria das lideranças da capital e interior está de malas prontas para deixar o ninho tucano. O deputado estadual Laerte Gomes é esperado no PSD, assim como Hildon Chaves. O deputado estadual Alan Queiroz deve seguir o governador para o novo partido União Brasil. Vereadores do interior e prefeitos também estão aguardando virar o ano para também deixar o PSDB. O partido tem tudo para ser um ninho dos Carvalhos.  

PEC CALOTE 

É um escárnio legal o Projeto de Lei que institui o calote nos precatórios. São anos de luta judicial para que um cidadão consiga o reconhecimento de um direito contra o estado e, quando consegue uma sentença transitado em julgado, vem o mesmo governo com um projeto de emenda constitucional para dar o calote.  

ELEIÇÃO 

Num país sério um projeto absurdo dessa natureza não passaria: o governo e o parlamento tiram com uma mão verbas alimentícias reconhecidas pela justiça para dar com a outra mão a pessoas reconhecidamente necessitadas como forma de ganhar eleição.  

FALTA DE ZELO 

Ninguém é contra programa de inclusão social, mas que seja com verbas próprias, sem que outras pessoas sejam prejudicadas. Os recursos dos precatórios não pertencem a governo, são débitos reconhecidos judicialmente de pessoas que foram surrupiadas em seu direito líquido e certo. Não é aceitável que agora, depois de anos de luta e gastos, mais uma vez o dono do precatório seja passado para trás para que o governo utilize tais recursos para fazer política. O pior em tudo isto é que o escárnio é feito sob o beneplácito de quem deveria zelar pela aplicação da lei

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