Além da vacina, durante a busca ativa é feita uma consulta médica, com a realização de testes rápidos
Cuidado com a saúde. Com esse propósito, a Prefeitura de Porto Velho segue empenhada em promover um atendimento individualizado aos moradores em situação de rua com o serviço Consultório de Rua. A atenção vai além de um serviço médico, pois há uma busca ativa com a missão de levar vacinação contra a covid-19 a este público.
Conforme cronograma, a equipe multidisciplinar busca as vacinas na Central de Frios e sai com as doses e demais equipamentos necessários para o atendimento nos pontos estratégicos onde esse público costuma ficar, como, por exemplo, Mercado do Peixe, KM1 e Mercado Central. É importante lembrar que, por longos meses, os atendimentos foram realizados em parceria com a Paróquia Sagrada Família, no bairro Embratel.
Segundo a assistente social da Secretaria Municipal de Saúde, Iolanda do Remédio Souza Filho, até o momento já foram aplicadas 743 doses, sendo 78% em homens e 22% em mulheres. O balanço apresentado mostra que 125 pessoas receberam o imunizante da CoronaVac, sendo que 73% receberam as duas doses; já a Pfizer foi aplicada em 240 pessoas, sendo que 46% receberam as duas doses; e a Janssen, imunizante de dose única, foi aplicada em 378 pessoas.
“Há todo um cuidado com esse momento, pois é preciso pesquisar se o paciente já foi vacinado anteriormente no sistema. Às vezes, eles só sabem o nome e não possuem qualquer documentação e precisamos dos dados como, por exemplo, o cartão do SUS, há o preenchimento de ficha da próxima vacina, entre outros”, descreve Iolanda.
CONQUISTA
Apesar das dificuldades na execução do atendimento, o alto índice de cobertura com a segunda dose representa uma conquista muito grande para a equipe. A comemoração é motivada, pois a localização desses indivíduos específicos é bastante difícil, e em alguns casos, demora até quatro meses para completar o ciclo de imunização da CoronaVac, por exemplo.
MAIS ATIVIDADE
A assistente social contou que, ao mapear e localizar uma pessoa em situação de rua, o trabalho não é só vacinar. É feita a consulta médica, realização de testes rápidos para identificação de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como: HIV, Sífilis e Hepatites B e C. “O atendimento envolve tudo relacionado à saúde, o que eles precisam naquele momento da abordagem, pois temos uma equipe composta por médico, assistente social, enfermeiro, odontólogo e o suporte de médicos residentes”, relata a assistente.
PARCEIROS
O serviço ocorre em parceria com Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf), que tem uma equipe realizando o Censo Rua 2021, que visa contabilizar e mapear as demandas da população em situação de rua na capital. “Com esses dados mapeados, poderemos desenvolver políticas que possam atender melhor essas pessoas”, finalizou Iolanda.
Fonte:Assessoria