Política & Murupi
LeoLadeia
Depois de uma semana de folga volto à lide e precisamente fechando agosto, o mês do cachorro louco, que se dizia desde o início seria o mês de um fim do mundo muito particular e brazuca. Um fim de mundo só nosso, bem brasileiro, ao som de samba suor e cerveja como soe. Para ser fiel à verdade, nosso pitbull estava mal-humorado, mas não fez arruaças, diferente dos selvagens cães de guerra no Afeganistão. Abro setembro que também se anuncia como o mês do cachorro louco II – a missão e haja baba escorrendo pela bocarra do canzarrão.
Duas bombas estão prontas para deleite de quem quer futrica: a primeira é a quebra de sigilo de um reles vereador do Rio de Janeiro que leva o sobrenome do pai como seu maior obra política. Carlos Bolsonaro, Carluxo, tem um BO antigo na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro e é investigado pela prática da tal “rachadinha”, essa praga que existe do Oiapoque ao Chuí e que tem como pano de fundo aquele inquérito mandrake do STF sobre fake news. A segunda bomba caseira é o depoimento de um homem comum, um motoboy, que segundo acreditam os cabeças gordas da CPI da COVID – também do fim do mundo – seria o “leva e trás” de milhares de dinheiros para a empresa onde trabalhava e que seria também o pagador de boletos de alguém ou alguns que como ele trabalhavam, operavam ou tinham ligações – suspeita-se que espúrias – com o Ministério da Saúde, um órgão federal que para os venerandos senadores que, suspeita-se sejam ilibados e decentes, é olhado, investigado, tido e havido como um covil de ladrões e coisas tantas e que tais e que por pouco não aplicaram um golpe, surrupiando do erário valores que deixariam no chinelo o mensalão, o petrolão e outras tantas falcatruas.
Pois é, setembro além da cachorrada marcada para sete de setembro promete flores, mas as viúvas das casernas de um lado chamando os tanques e as carpideiras revolucionárias ainda chorosas mas contando o valor da indenização que sua ideologia vencida lhes deu de presente, anunciam que “soldados armados, amados ou não” irão trucidar a direita e a esquerda, deixando um Brasil para ser vendido aos chineses e a quem mais interessar possa, a preço de soja transgênica, frango com hormônio e antibiótico e banana.
Para quem gosta da guerra de sofá para promover a guerra de aplicativos, sugiro tirarem o cavalo da chuva. Nossa guerra é outra e é travada em hospitais por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, agentes de saúde contra o inimigo invisível. Temos outra guerra que é contra a informação que desinforma, a educação que deseduca e as péssimas condições de vida em que estão 14 milhões de brasileiros sem trabalho, sem futuro, sem água tratada, sem coleta e tratamento de lixo e sem esgotamento sanitário. O Brasil precisa de um nome para se colocar como uma terceira via e é para já!. Chega de direita, de esquerda e de centrão.