OPINIÃO DE PRIMEIRA – Por Sérgio Pires- QUINTA-FEIRA - 25.08.2021
Ah, nada como um dia depois do outro! É impressionante ouvir, ver, ler grandes defensores do mais amplo direito constitucional ao direito de opinião e de reunião, inclusive para protestos e que, de uma hora para outra, mudaram radicalmente de opinião. Agora tem um “mas” para a questão. “É vital o direito à opinião, mas...” e daí vem aquelas explicações ideológicas, deixando claro que para eles e os seus, vale tudo; para os adversários, os que pensam diferente, aí não! Porque então tem que ter censura, cadeia, intervenção de ministros do STF. Muitos desses jamais criticaram ou acharam que deveriam ser presos ou processados ou tirados do ar, seja na mídia, seja na internet, os que ofendem o atual Presidente da República; que desejam publicamente sua morte; que o chamam de genocida, palavra, aliás, que muitos deles sequer sabem o que significa. Quem avisa amigo é: quem aceita a censura aos seus inimigos, pode, em breve, estar na lista dos censores, que não têm partido, nem ideologias: querem, apenas, cercear o direito alheio de liberdade. Como o estão fazendo hoje, com toda a hipocrisia, aqueles que discursavam em defesa da ampla liberdade. Também se estranha opiniões hoje radicais contra quem pensa diferente, vindo das mesmas fontes que defendiam o direito dos black blocks irem às ruas, mesmo que o fosse para destruir, para esculhambar e até para matar, como o fizeram com um cinegrafista, em São Paulo, além de praticarem tantos outros crimes, jamais punidos. Vão vendo...
Eles não aceitam que se trate como ladrões a Lula e seu grupo imenso de denunciados, alegando que seu amado chefe foi condenado injustamente. Dizem-se democratas, mas jamais aceitaram a perda da eleição, ocorrida dentro da lei e da democracia. Os 57 milhões de votos dizendo não a eles, obviamente não têm valor algum. Chamam o atual Presidente de ditador, mas não relatam um só ato cometido por ele, contra a democracia. Fazem ouvidos moucos quando seu chefe, Lula, avisa que, se eleito novamente, vai propor o “controle social da imprensa”, censurando e, portanto, castrando o direito de opinião. Mas Lula pode. Lula é semideus. Se ele o fizer, aí não é censura, é democracia plena. Mas se Bolsonaro corta verbas de grandes empresas de mídia; se impede artistas milionários de usufruíram de fortunas da Lei Rouanet, tirando o espaço de novos talentos, que vivem sem apoio algum; se enfrenta com palavreado agressivo os que também não o respeitam, então é ele o ditador. Lula é o salvador do Brasil, mesmo depois de tudo o que fez contra ele. Ainda bem que só os fanáticos e que vivem afundados em suas crenças ideológicas, acreditam nisso. O Brasil, felizmente, está mudando. E nele, espera-se, não haverá espaço para ditadores de verdade, muito menos para quem quer manter a imprensa sob seu tacão. Ainda temos alguma democracia, coisa que com a esquerda, obviamente, nunca mais teremos.
O GASODUTO DE 500 QUILÔMETROS, A OBRA FANTASMA QUE NUNCA SAIU DO PAPEL
Mais uma daquelas obras que jamais saíram do papel, completa um triste aniversário, este ano. Foi em meados de 1991 que se ouviu falar mais claramente de um futuro gasoduto entre Urucu, no Amazonas e Porto Velho. A obra, com uma extensão aproximada de 530 quilômetros, chegou a ser festejada como uma das maiores de toda a região norte e um meio de grande desenvolvimento não só para a Capital rondoniense, mas para outras regiões. Chegou-se a 2021, sem que qualquer aspecto de realidade seja registrado. Só sonho. Só projeto. Hoje, dos quase 15 mil metros cúbicos de gás produzido em Urucu, uma boa parte é absorvida apenas pelo mercado de Manaus. Sobram grandes quantidades de gás que, parece inacreditável, é queimado, jogado fora. Perde-se grande parte da produção, enquanto o gasoduto não anda um metro à frente, na ligação entre o local da produção e a Capital rondoniense. O governo do Estado chegou a criar uma empresa, a Rongás, que ainda existe, muito mais no papel do que nas atividades, mas, até agora, ela jamais conseguiu qualquer realização concreta, já que, para seu pleno funcionamento, dependeria da chegada do gás, que ainda está longe de se tornar realidade. Não há explicações claras sobre os motivos pelos quais a obra jamais andou. Fala-se que os maiores problemas, seriam questões ambientais e passagem da canalização por áreas indígenas. A verdade verdadeira, contudo, jamais apareceu, tanto quanto escafederam-se os canos fantasmas do gasoduto...
PRESIDENTE DA QUASE FALIDA CAERD PEDE DEMISSÃO A PARTIR DO FINAL DESTE MÊS
Estava demorando! Sem solução, sem saída, afundada em dívidas e sem condições de crescer, com chance zero de novos investimentos, a Caerd, prestes a comemorar 52 anos, continua sem rumo, enquanto espera que seus problemas sejam resolvidos por algum milagre dos céus. Embora diga que suas razões são pessoais, para a saída, não se pode duvidar que seja por não ver luz no fim do túnel, que o atual presidente da estatal, o competente José Irineu Cardoso Ferreira, jogou a toalha, depois de mais de três anos. Vai continuar no comando da empresa somente até 31 de agosto. O pedido de exoneração já foi encaminhado ao Conselho de Administração da empresa e ao governador Marcos Rocha. Com uma dívida bilionária, mesmo a sendo administrada com os cintos apertadíssimos por José Irineu e sua diretoria, a Caerd continuou ladeira abaixo. Mesmo gastando o mínimo, reduzindo seu quadro ao máximo e com uma administração que respeitou como nunca o dinheiro arrecadado, não houve qualquer melhoria na estrutura da Caerd e nem nas suas propostas de investimentos. Há vários meses, houve seguidas tentativas de privatizar a empresa de economia mista, mas, até agora, não surgiu nenhum louco para arrematar uma organização falida. Não se sabe ainda que medidas o governador Marcos Rocha vai buscar para tentar salvar a empresa, se é que ela ainda tem salvação.
JI-PARANÁ GANHA DUPLICAÇÃO DA BR 364, DOIS VIADUTOS E PARQUE ECOLÓGICO REVITALIZADO
Ji-Paraná tem dois senadores e uma deputada federal. A segunda maior cidade do Estado tem uma representação importante em Brasília, que traz muitos benefícios ao seu principal reduto eleitoral. Marcos Rogério, do DEM, é hoje um nome nacional, um dos principais aliados do presidente Bolsonaro. Outro senador, o empresário Acir Gurgacz, é certamente o político que mais conseguiu recursos para atender pleitos da população de Ji-Paraná, nos seus mandatos. Fará muita falta à cidade, quando concluir seu período, no final de 2022. A deputada federal Silvia Cristina, estreante na Câmara Federal, é filha política de Acir e também tem sido importante na captação de recursos federais para a comunidade que a elegeu. No seu penúltimo ano de mandato, contudo, é Acir quem mais tem anunciado recursos e obras para sua cidade. Como o fez esta semana, quando confirmou a liberação de recursos para grandes empreendimentos, como por exemplo a duplicação da BR 364, que passará também a ser uma via municipal, no perímetro urbano. Confirmou, ainda, a construção de dois viadutos e, ainda, recursos para revitalização do Parque Ecológico. O grupo político de Ji-Paraná, embora com dois dos nomes de um lado e um deles do outro, tem sido de grande importância para que a cidade receba grandes melhorias.
NÃO HÁ MAIS TEMPO PARA CONVERSA: SOLUÇÃO É CADEIA PARA QUEM FAZ QUEIMADAS
Um dia pior que o outro. Cada vez mais tenebroso. Nosso hino, que diz que “nosso céu é mais azul” tornou-se apenas poesia. Nada a ver com a realidade de um Estado coberto por fumaça, por uma Capital cercada pelo fogo e a cada 24 horas vê os focos de incêndio se multiplicarem. Crianças e idosos são os que mais sofrem, assim como pessoas de todas as idades que já têm problemas respiratórios. O Hospital Infantil Cosme e Damião está lotado de nossos pequenos, sofrendo com problemas causados pela fumaça, incluindo-se aí, casos bastante graves. Como acabar com isso? Já se viu que só com conversa, diálogo, orientação, pedido de clemência, compreensão, respeito à vida dos outros, nada disso adianta. Multas também não resolvem nada, porque na maioria dos casos, elas jamais serão pagas. Então, há que se radicalizar contra esses cretinos irresponsáveis, que fazem de conta que a vida dos outros não tem valor algum, como valor nenhum dão às suas próprias vidas. Cadeia neles! Enquanto não colocar na cadeia pelo menos umas duas dúzias destes safados, não haverá solução para queimadas que assolam Porto Velho e toda a Rondônia.
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