O avião com cinco mil metros cúbicos de oxigênio chegou a Rondônia na tarde desta sexta-feira (19). O material foi enviado pelo Ministério da Saúde e será direcionado ao abastecimento de unidades hospitalares que tratam pacientes de Covid-19 em cidades do interior do estado.
O governador Marcos Rocha aguardava a carga acompanhado de um representante do Ministério da Saúde e do comandante da Base Aérea, o processo de retirada do tanque da aeronave demorou cerca de uma hora.
Nessa primeira remessa estão cinco mil metros cúbicos de oxigênio líquido para atender aos municípios que estão com dificuldade de abastecimento. De acordo com o governo, cada cidade deve enviar cilindros para abastecer em Porto Velho. Até o momento, pelo menos 30 municípios já demonstraram interesse e devem enviar veículos para buscar o gás.
Risco iminente de desabastecimento
Por conta da alta nos números da Covid-19, uma das empresas que fornece oxigênio para 31 dos 52 municípios de Rondônia, comunicou na última semana que não tem mais como fornecer o serviço, pois não consegue comprar insumos. Com o comunicado, o Ministério Público Federal (MPF) alertou o Ministério da Saúde sobre o possível desabastecimento de oxigênio no estado e pediu providências urgentes mediante o colapso na saúde.
O medo era que Rondônia passasse por situação parecida a do estado vizinho: Amazonas, que enfrentou o caos e durante recordes nos casos de Covid. Manaus precisou enviar pacientes que dependiam de oxigênio para outros estados. Parentes de pessoas internadas tiveram que comprar cilindros com o gás por conta própria. Na época, o desabastecimento não afetou somente os pacientes com Covid, mas bebês e grávidas precisaram ser transferidos para não ficarem sem oxigenação.
No último sábado (13), a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) informou que o governo não teria como socorrer as prefeituras do interior de Rondônia em caso de desabastecimento de oxigênio, pois a rede estadual usa oxigênio líquido em tanques, enquanto os municípios utilizam oxigênio gasoso em cilindros. O Governo garantiu que o estado conta com armazenamento considerável e não vai faltar oxigênio na rede estadual. Os problemas seriam nas redes municipais. Por G1/RO
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